Golpe Militar de 1964: um dia para ser esquecido



Texto de Nilmário Miranda, publicado no sítio da Carta Maior e reproduzido em feesociedade.blogspot.com 


Eu não tinha 17 anos quando veio o golpe, destruindo meus sonhos das grandes reformas de base. Morava na então pequena Teófilo Otoni (MG). Os ferroviários da lendária Estação de Ferro Bahia-Minas cruzaram os braços. Foi o único e solitário protesto (no ano seguinte a EFBM foi extinta).

Em poucos dias nada menos que 74 pessoas foram presas pelos “revolucionários” e levados ao QG dos golpistas em Governador Valadares. Ferrovias, comerciários, bancários, estudantes, militantes da Igreja, do Partidão, do PTB, pequenos comerciantes – dentre eles meu pai, uma pessoa pacata, educada, incapaz de fazer mal a ninguém, uma alma gentil.

Chocou-me também a prisão de Dr. Petrônio Mendes de Souza, ex-prefeito, médico dos pobres, figura hierática. Lá pelos dias encontrei-me com o filho do ferroviário Nestor Medina, carismático, inteligente, autodidata, homem de grande dignidade. Desde aquela noite fiz juras de por todos os dias enquanto durasse, combateria a ditadura, o que realmente aconteceu.

Origem do nome FAVELA



Favela com o Cristo Redentor ao fundo



Você já parou para pensar qual o motivo de chamarmos os bairros pobres e sem infraestrutura de "FAVELAS"? Eu sempre achei que fosse um nome indígena ou qualquer coisa assim,mas a história é bem mais interessante que isto.

O origem do nome "FAVELA" remete a um fato marcante ocorrido no Brasil na passagem do século XIX para o século XX: a Guerra de Canudos.
Na Caatinga nordestina, é muito comum uma planta espinhenta e extremamente resistente chamada "FAVELA"

CONHEÇA OS INIMIGOS DA EDUCAÇÃO

Os deputados estaduais tiveram na última semana a chance de melhorar a eudação do estado, oferecendo um salário digno para os professores e funcionários das escolas. No entanto, a maioria deles, de maneira vergonhosa, prefiriu aliar-se a um governo que cada vez revela mais a sua face autoritária. O mais triste de tudo é saber que entre estes deputados temos líderes comunitários e até mesmo filhos de professores. Que vergonha!
OS  SERVIDORES DA EDUCAÇÃO JAMAIS VÃO ESQUECER ESSE 11 DE AGÔSTO! OS ALUNOS HÃO DE LEMBRAR DE TODOS ESTES NOMES NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES
Votaram “NÃO” os Senhores Deputados:
Alessandro Calazans,
 Alexandre Correa,
 André Ceciliano,
André Correa,
André Lazoroni,
Andréia Busatto,
Átila Nunes,
Bebeto,
Bernardo Rossi,
Chiquinho da Mangueira,
Coronel Jairo,
Dionísio Lins,
Domingos Brazão,
Edson Albertassi,
Fabio Silva,
Geraldo Moreira,
Graça Matos,
 Graça Pereira,
 Gustavo Tutuca,
Iranildo Campos,
Janio dos Santos Mendes,
 João Peixoto,
Luiz Martins,
Marcus Vinicius,
 Myriam Rios,
Paulo Melo,
Rafael do Gordo,
Rafael Picciani,
Ricardo Abrão,
Roberto Henriques,
Rosângela Gomes,
Samuel Malafaia,
Waguinho
  Xandrinho.
Votaram 52 Senhores Deputados:
34 “NÃO”
8 “SIM”
Abstenção: 0.
Fonte: ANF

Uma Opinião Sobre o Egito

Há uma Pergunta no ar:
EXISTE MESMO UMA REVOLUÇÃO EM CURSO NO EGITO E OUTROS PAÍSES?
 
OU O QUE ESTÁ OCORRENDO É UM NOVO PROCESSO DE ASCENSÃO/OFENSIVA DOS MOVIMENTOS DE MASSA DE CARÁTER PROLETÁRIO E POPULAR, MAS TAMBÉM COM PRESENÇA, APOIO E PARTICIPAÇÃO DE SETORES BURGUESES, QUE, DEPENDENDO DE UMA SÉRIE DE FATORES E CONDIÇÕES, ENTRE ELES A CORRELAÇÃO DE FORÇAS NESTE PRÓXIMO PERÍODO , PODERÁ RESULTAR NUMA SITUAÇÃO PRÉ-REVOLUCIONÁRIA , NUMA SITUAÇÃO REVOLUCIONÁRIA OU NO ENFRAQUECIMENTO DAS FORÇAS PROGRESSISTAS, DEMOCRÁTICAS, POPULARES, PROLETÁRIAS E NA VITÓRIA DA CONTRA-REVOLUÇÃO?
 

Rio, 2010: o eterno retorno da barbárie

Intervenção das Forças Armadas faz o jogo da Casa Branca e agrava o impasse.
Por José Arbex Jr.
25 de novembro, Vila do Cruzeiro, Rio de Janeiro. Cerca de 600 policiais militares de elite (incluindo integrantes do Bope) e 800 soldados da Marinha – treinados em tática de repressão a civis no Haiti -, todos apoiados por helicópteros e veículos blindados, iniciam um processo de ocupação que se estenderá, nos dias seguintes, a todo o Complexo do Alemão (13 favelas onde vivem cerca de 150 mil pessoas). A população local é humilhada, aviltada, agredida. Suas casas são invadidas, seus bens são saqueados, inocentes são assassinados. Mas há agora um dado distinto, de tremenda importância: as Forças Armadas entraram no jogo. Não poderia haver demonstração mais explícita da natureza terrorista do Estado brasileiro. Nem confissão mais clara de sua abjeta subordinação às determinações da Casa Branca (não por acaso, o ministro da Defesa Nelson Jobim aparece como o “queridinho” de Tio  Sam, nos documentos vazados pelo site Wiki Leaks).

Nenhum país sério mobiliza as Forças Armadas contra o narcotráfico. Nenhum. Por várias razões. As Forças Armadas são treinadas para defender a soberania nacional contra agressores externos, e não para agir contra o seu próprio povo. Além disso, a guerra ao  tráfico coloca a tropa em contato com agentes potencialmente corruptores. Finalmente, trata-se de uma guerra desmoralizante, por ser de antemão perdida. Só idiotas consumados podem acreditar que a repressão vence o tráfico, e apenas débeis mentais incuráveis levam a sério os discursos oficiais sobre a necessidade de acabar com o comércio ilegal de drogas. É um comércio que movimenta centenas de bilhões de dólares, injeta moeda no mercado especulativo, fornece dinheiro para o tráfico de armas, de seres humanos, de mercadorias. É indispensável, enfim, ao funcionamento da economia capitalista. Se alguém quiser mesmo acabar com o narcotráfico, terá que começar pela prisão de banqueiros e agentes financeiros,  e assim produzir o colapso da economia mundial. Basta lembrar que nunca se produziu tanto ópio no Afeganistão como após a derrubada do regime dos Talebãs e a entrega do poder ao ex-agente da CIA Hamid Karzai.
Mas a Casa Branca quer que os países de seu quintal militarizem o combate às drogas. Primeiro, porque isso significa abrir as Forças Armadas nacionais à participação de “assessores” enviados pelo Pentágono, pelo FBI (polícia federal estadunidense), pela CIA (serviço secreto) e pelo DEA (agência de combate ao tráfico), além de “especialistas”  israelenses (bem treinados em massacres de civis palestinos). É exatamente o que acontece, por exemplo, na Colômbia, onde, a pretexto de combater o tráfico, militares estadunidenses e israelenses agem com desenvoltura na Amazônia, além de faturar milhões com vendas de armas e equipamentos (incluindo carros blindados como os sinistros “caveirões”). Há duas  décadas, pelo menos, a Casa Branca pressiona o governo brasileiro no sentido de militarizar o combate ao tráfico.
O presidente Luís Inácio Lula da Silva, finalmente, cedeu. Nem FHC ousou ser tão sabujo. Lula tem exata consciência do que faz. Em abril de 2003, pouco após tomar posse, fez um discurso ousado de denúncia do narcotráfico como parte da indústria transnacional do crime  organizado: “Ele tem o seu braço na política, tem o seu braço na Polícia, tem o seu braço no poder Judiciário, tem o seu braço nos empresários, tem o seu braço internacional. Então, é uma coisa muito poderosa, que devez em quando nós vemos na televisão: ‘Polícia consegue  apreender a maior quantidade de cocaína já vista no Brasil’. Aí o que apresenta a televisão? Cinco ou seis ‘bagrinhos’. Para onde ia e de onde veio, quem vendeu e quem comprou a  droga, não aparece.
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